Dormir mal – e pouco – é prejudicial à saúde. Diversos estudos já comprovaram que a falta de sono ou a noite mal dormida carreta em uma série de doenças. Prova disso é a recente descoberta da pesquisa realizada pelo Hospital Brigham and Women, que faz parte da Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Pela primeira vez concluiu-se que a pouca produção da melatonina, hormônio produzido durante o sono, leva à diabete tipo 2.
Dormir bem, portanto, é assunto de saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 40% dos brasileiros têm problemas para dormir. Principalmente em um mundo dominado pela velocidade e infinidade de informações, afazeres e obrigações, pode não ser fácil para muita gente jogar-se na cama, por mais confortável – e cinematográfica – que ela seja. Não à toa, vemos uma proliferação de institutos, médicos e medicamentos que são muito eficazes. Mas um ambiente ideal também faz toda a diferença.
Há quase 30 anos como diretora de marca e designer das peças da Madeira Bonita, Marcia Oliveira adquiriu grande conhecimento sobre todos os detalhes que dizem respeito aos hábitos dos brasileiros que beneficiam e prejudicam o sono. “É preciso criar condições específicas para isso”, detalha.
Veja abaixo suas sete dicas:
1 – Interrompa o uso de celulares e tablets cerca de uma hora antes de dormir. A utilização destes eletrônicos pode ser tão prejudicial quanto tomar uma xícara de café. Isso está associado à maneira como a fonte intensa de luz destes equipamentos inibe a produção de melatonina, hormônio que tem a função de dar o “start” no sono.
2 - Escolha bem a sua cama! As camas são parte essencial do descanso. A altura adequada do colchão deve considerar o peso e a altura do usuário. No caso de duas pessoas utilizarem o colchão, considere as maiores medidas para o cálculo. O colchão de espuma dura tem cinco anos de garantia, enquanto o de molas poquet tem dez.
3 – Muita atenção à densidade. Colchões macios demais moldam o corpo inadequadamente e prejudicam a posição da coluna. Já os firmes em excesso, comprometem as articulações e os pontos de apoio, tais como ombros e quadris.
4 – Mesmo acordado, basta fechar os olhos para saber se a luz está acesa ou não. Isso ocorre porque a luz interfere no nosso globo ocular. Hoje existem camas que possuem iluminação de led embutida própria para iluminar o chão em volta da cama.
5 – Os sintéticos podem ser grandes vilões, tanto nas roupas de cama quanto nas mobílias. Dê preferência aos materiais naturais e mantenha o quarto sempre em ordem. Para ajudar na organização, gavetões embaixo da cama podem ser a solução. Mas, lembre-se, é importante que o colchão tenha ventilação permanente. Dê preferência para camas com estrados ripados.
6 – Existem também os estrados articulados que, além de flexíveis, permitem que o colchão respire, garantem firmeza e conforto para as diferentes partes do corpo. É ideal para os casais, que muitas vezes têm hábitos e gostos diferentes para um sono melhor aproveitado.
7 – A escolha do travesseiro errado pode comprometer o sono, pois além de dores, como torcicolos, acumula bactérias, causando problemas respiratórios. Respeite sua durabilidade de dois anos e a altura recomendada, que é a medida do pescoço até o final do ombro. Isso evita que o ombro fique comprimido nas posições laterais.